O aumento do preço do milho comercializado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) gerou forte repercussão entre produtores rurais da região de Irecê, que já enfrentam os impactos severos da seca prolongada. O valor da saca, que antes era vendido por R$ 60, passou para R$ 75, um reajuste de 25% em um dos momentos mais críticos para o agronegócio da região.
Em conversa com o Informe Baiano, nesta terça-feira (16/04), o deputado estadual Pedro Tavares (União Brasil), classificou a medida como um golpe aos agricultores já fragilizados pelas perdas nas lavouras e dificuldades no manejo dos rebanhos. Lembrou ainda que a medida impacta nos custos para criadores de gado, caprinos e aves. Uma reunião da Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), na segunda-feira (15/04), discutiu o problema.
O deputado também encaminhou ao IB uma reportagem da jornalista Samara Rios, da Líder FM. A profissional ouviu relatos de produtores rurais revoltados com as medidas impostas pelo governo Lula.
Tavares cobra ações urgentes dos governos estadual e federal. Para ele, é inadmissível que, diante de uma crise hídrica de grandes proporções, não haja medidas concretas de apoio aos produtores.
“É inaceitável que, em um momento tão grave da seca, não haja medidas eficazes para minimizar os prejuízos enfrentados pela população. Por isso, estou cobrando ações imediatas para enfrentar essa crise”, reforçou.
Pedro Tavares disse que continuará pressionando o poder público por soluções efetivas, como subsídios, renegociação de dívidas e ampliação de programas de apoio à agricultura no semiárido baiano.
A região de Irecê é uma das mais afetadas pela estiagem, e agricultores locais têm relatado perdas de até 80% em suas plantações.
https://www.instagram.com/reel/DIgcvT0u5Gq/?igsh=bXY1YzdldmEwbHpy