SALVADOR: Vandalismo e furtos de mudas viram rotina em áreas públicas

Diversas áreas de Salvador, a exemplo do Campo Grande e da Barra, estão sendo alvos de vandalismo e furtos de mudas de plantas. O que era para contribuir com o paisagismo e a preservação ambiental da cidade está virando alvo de criminosos que arrancam ou danificam as árvores recém-plantadas.

Os furtos têm comprometido ações de arborização realizadas em espaços públicos, principalmente em canteiros e praças. Além do impacto ambiental e do prejuízo ao patrimônio coletivo, essa prática configura crime ambiental.

Em entrevista ao Informe Baiano, o secretário de Sustentabilidade, Resiliência, Bem-estar e Proteção Animal (Secis), Ivan Euler, alertou para os danos causados por esse tipo de ação.

“Infelizmente, temos enfrentado um desafio sério com o roubo e a depredação de mudas plantadas em diversos pontos da cidade. Essas ações não apenas causam prejuízos financeiros, mas também comprometem os esforços da Prefeitura para ampliar as áreas verdes, melhorar o microclima urbano e promover mais qualidade de vida para a população. É fundamental que a população compreenda que cuidar dessas mudas é cuidar da nossa própria cidade. A participação da comunidade é essencial para preservarmos o verde de Salvador”, destacou.

Segundo a lei federal nº 9.605, destruir, danificar ou maltratar plantas de ornamentação em locais públicos ou propriedades privadas pode resultar em detenção de três meses a um ano, além de multa.

O crime é considerado de menor potencial ofensivo, mas pode levar o autor direto para o juizado especial. Se for condenado, o infrator pode ficar proibido de cometer novos delitos ambientais por até cinco anos — e, se reincidir, será punido também pelo crime anterior.

A orientação é que a população denuncie essas práticas por meio da Guarda Civil Municipal, órgãos ambientais ou diretamente nas delegacias. Cuidar do que é público é um dever coletivo — e o Informe Baiano seguirá acompanhando e denunciando esses casos.